quarta-feira, 19 de agosto de 2009
"Sou assim, duas de mim, às vezes, quatro, cinco, seis, sou uma por mês, me diversifico, têm horas que grito, vivo em conflito, mostro ao mundo a minha dor.
Outras horas só sei falar de amor, a mais romântica, melodramática, estática, chorosa e nervosa, carente e decadente, vingativa e inconseqüente.
Aí, quando menos percebo, me transformo numa mulher cheia de medo, cheia de reservas, coberta de sutilezas, séria e sem defesa.
No momento seguinte, no papel de mulher fatal, viro a tal, aí sou dona do mundo, segura e destemida, altiva e atrevida, rasgo meus segredos ao meio e exponho num roteiro, de poesia ou texto. Sou assim, várias de mim, sorriso por fora, angústia toda hora, por dentro um tormento, no rosto nenhum sofrimento.
Melhor nem me conhecer, fique com as minhas letras, com as minhas palavras, na vida real sou bem mais complicada, sou mil, e quem tentou descobriu, que viver ao meu lado, é viver dentro de um campo minado prestes a explodir, mas quem esteve nele nunca quis fugir"